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  • Escrito por: Rui Sousa Gil
  • Categoria: Cybersecurity
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Boas práticas de utilização de ferramentas de Videoconferência / Telepresença

O momento de emergência que passámos e que em grande medida ainda estamos a viver, fez disparar a utilização das ferramentas de videoconferência.

 

Existem várias opções no mercado e muitas delas viram em poucas semanas o número de utilizadores habituais aumentar na ordem das dezenas de milhão. Este crescimento exponencial colocou este tipo de soluções sob grande escrutínio público e foi noticiado um número significativo de questões de segurança em algumas delas.

Algumas dessas questões eram reais e foram prontamente corrigidas pelos fabricantes, tendo, entretanto, alterado funcionalidades e disponibilizado sucessivas novas versões das Apps cliente. No entanto outras estão relacionadas com a forma como utilizamos estas ferramentas.

 

À semelhança de todas as outas ferramentas que utilizamos no nosso dia a dia, existe sempre um equilíbrio a estabelecer entre segurança e facilidade de utilização, sendo que o aumento de um destes fatores é sempre feito em detrimento do outro.

 

As soluções de videoconferência são neste momento mais seguras, isto desde que paralelamente sejam cumpridos alguns princípios básicos de utilização:

 

- As Apps cliente devem de ser regularmente atualizadas por forma a que disponhamos sempre da versão mais recente. A atualização é o mecanismo utilizado para corrigir problemas de segurança;

- Para a realização de videoconferências pode também ser usado um navegador da Internet, cuja utilização é normalmente mais segura, embora sacrificando alguma facilidade de utilização;

- Sempre que marcar uma reunião ative a opção “Sala de espera”. Desta forma autoriza individualmente os participantes a juntarem-se à reunião, não permitindo que estranhos o façam sem escrutínio;

- Marque sempre reuniões protegidas com password. Nestas condições os participantes terão de a fornecer para participar na reunião;

- O link da reunião deve ser partilhado única e exclusivamente com os participantes e em suporte que garanta em absoluto este objetivo;

- Esteja atento e controle aquilo que mostra quando faz a partilha de ecrã;

- As videoconferências devem ser realizadas em locais privados e visualmente neutros, evitando a partilha de informação (visual e acústica) desnecessária.

 

Nunca se esqueça que tudo o que disser ou mostrar numa videoconferência pode ser gravado por terceiros, podendo inclusive utilizar para o efeito meios furtivos.